reveillon




Essa história se passa em uma vira de ano. 2009/2010, eu acho.
Eu estava bem. Obrigado por não perguntar.


"Fim de ano é coisa do diabo"
por Juniorus Nodachi


Estava eu sereno e bem aconchegado no meu quarto. Sentado na minha cadeira com minha lindas pernas coberta por um lençol.
Era umas 21:00Hs e eu não estava nem ai pra tão celebrada passagem de ano. ''Eu estava querendo que o ano fosse tomar no...''
Não que eu não tive-se nenhum lugar para passa tão bela celebração. Mas optei por ficar em casa. O que já faço a 3 anos.
Fiquei olhando uns blogs de humor e vídeos do youtube. O que era bem melhor do que passar o fim de ano na casa de meus parentes que são um bando de filhos de uma profissional de sexo.
"posso xingar eles como eu quiser. Os parentes são meus e eles não vão ver essa história nunca mesmo por serem um bando de filhos de uma profissional de sexo"
Então, estava eu sozinho em casa. Sozinho não, Luiz estava aqui, mas ele estava dormindo. Então eu estava sozinho.
Quando escuto duas vozes no longínquo portão. Uma voz era bem parecida com a de um cantor adolescente de banda pop. Já a outra era um tom sinistro de Patolino asma.
Assustado, pego meu bastão de baiseboll, minha metralhadora e uma katana e vou em direção ao portão. Ao chegar olho pelo desconfiadamente e pergunto. "Quem é?"
Escuto logo em seguida a resposta. "sou eu cachorra" Logo entendo que se trata de nada mais, nada menos que "Sir Isak Cachoriltom" e seu intrépido parceiro "Sir Gibson a guitarrinha do mau).
Ao veles em pé logo após abrir o portão. Sinto um desprezo de tamanho tão imensurável.E com um olhar de repugnação pergunto.
"Vocês querem que porra aqui hoje?"
Eles vão logo entrando. Sem importar muito com o que eu tinha perguntado segundos antes.
Volto pro "QG" ''meu quarto'' onde estava vendo os blogs. Percebo que eles estão arrumados e vou logo perguntado.

''dialogo 01''

-Vocês tão indo pra onde?
- agente veio aqui.
-fim de ano de merda esses de vocês viu? tão ruim quanto o meu.
-então cachorra sai dai e vamo da um rolé.
-Da rolé?
-é pow vai ser massa
-rolé onde miserável? ta todo mundo em casa com suas familias.
-vamo no shopping.
- vão tomar no c*! eu não vou em shopping em dias normais imagine em datas comemorativas.
- que nada pow. Vai ta chei de mina lá.
-vai ta porra nenhuma.
-To lhe dizendo que vai ta rapaz. Acredite.
-Vo não vei. (sorriso sarcástico)
-então vamo na cidade nova?
-veiu eu to na internet
-porra larga de ser otario e vamo sair
-Vo não pow. Uma hora dessa?
-ta quem aqui?
-só eu. Meu irmão, minha mãe e carlos sairam.
-e por que tu não foi?
-por que num gosto de parente filho de #$@!%.

Depois de mais um tempo de conversa, fui convencido em vestir uma roupa mais apresentável e ir até a "cidade nova" que é um bairro bem próximo.
Caminhamos pela rua escura e mortificada, onde fica minha casa. Até que encontramos uns amigos dos meus amigos que tecnicamente não são meus amigos, por que eu sou um cara muito chato e tenho problemas pra fazer amigos.
"todos os meus amigos são chatos ou doidos. Com exceção de 2 ou 3. Não vou citar os nomes pra não causar inveja e brigas entre eles"
Os amigos dos meus amigos que não são meus amigos estavam indo em direção a cidade nova e eu vos acompanhei.
A conversa rolava solta, mas eu num entendia coisa nenhuma, por não conhece-los ou por ser burro mesmo. Tentei me enturmar dando um ''oi'' ou um ''iae''. Mas o máximo que conseguir foi uma virada de cara e um ''humm..''. Senti certa vontade súbita de manda-los se dirigir pra uma parte escrota de sues corpos. Mas me contive.
Seguimos até a entrada de uma igreja. "eu pensei fudeu. uma igreja. tudo que eu queria no final de ano era uma coisa fofa de uma IGREJA!"
Perguntei a o "Sir Gibson" se nós iria-mos entrar naquele local. Ele disse que não, com um sorriso sereno no rosto, só estávamos dando um tempo.
Dei um leve riso e balancei minha cabeça em sinal de aprovação.
"Eu estava virando emo por dentro"
Depois de muita conversa entre eles "eu não abria a boca" uma banda começou a tocar a "bosta" de uma música gospel. Não era uma musica gospel qualquer como a que eu escutava na banca que eu freqüentava. Era uma "bosta" mesmo. Um grande e divino ''cocozão'' musical.
Falei com delicadeza "eu sai de minha casa quentinha pra vim pra essa coisa coisada?"
Sai-mos. Quando estávamos nos afastando dos amigos dos meus amigos que não são meus amigos eles perguntaram onde nós iria-mos. "Sir Isak" respondeu que ia-mos no shopping. Ele recebe uma resposta que chegou no meu ouvido como trombetas do programa do Jô.
- Ah. O shopping ta fechado.
Eu quase pulei de alegria, mas me contive novamente. Estava pensando. ''vo voltar pra casa.'' Mas fui convencido mais uma vez a ir na cidade nova.
Chegamos la e vimos que não tinha "zorra" de ninguém. Só umas velhas esperando ônibus.
Sentamo na praça. E eu disse.

-Dialogo 02-

-TOMAR NO C*!!! num tem ninguém aqui!!!
-calma vei. relaxa.
-é pow senta ai.
-senta ai uma caceta. eu vou pra casa.
-pera pow. você já vêiu até aqui. Espera um pouco.
- ta certo.

"30 minutos depois"

-Fui velhos. Vo dormi.
-Mas ainda é 11 da noite.
-por isso mesmo.
-vamo tomar uma cachaça ali no bar.
-ki bar?
-qualquer um.
-É vei por favor eu quero beber muito hoje.
-você? beber? você num era crente?
-oxi relaxi. ó que onda.
- vamos pro lado de lá.

Voltamos em direção a minha casa em busca de um bar pra matar nossa sede por álcool. Entramos numas ruelas em busca do tal bar, e fomos até a "Moradas das arvores" que é outro bairro.
Como não achamos bar nenhum voltamos. Entramos em uma rua perto do colégio "Chico medes" que se trata de um centro de ensino tosco. Ao sair-mos dessa rua no deparamos com uma....adivinha? Isso mesmo. Uma igreja.
Na porta tinha uma garota de longos cabelos negros e um vestido numa tonalidade de azul que não sei o nome. Ela jogou o cabelo para o lado e sorrio em nossa direção.
Dai eu pensei, com uma estranha e incrível voz de narrador de trailer de cinema na minha cabeça.
"Três homens....uma mulher...vários destinos..."
Por incrível que pareça, continuamos andando e ninguém falou com ela. "Hoje acho essa parte muito gay" Logo começou o comentário entre "sir isak" e "sir gibson".

-Ela olhou pra mim.
-Ela olhou foi pra mim.
-tá. até parece?
-você acha que as mulheres só olham pra você é?

Eu continuei andando. Por ser feio tinha certeza absoluta que ela não tinha olhado pra mim e continuei andado. Avistei um mercadinho. "merda uma mercadinho aberto 11 e pouco da noite." Nesse mercadinho compramos uma garrafa de conhaque.
Fomos bebendo durante o caminho. Fiquei meio com vergonha de passar na minha rua com a "porra" da garrafa em mãos e brigamos pra ver que a levaria. "Hoje eu passaria não com uma garrafa, mas sim com varias, faria também gestos obscenos para as curiosas que ficam nas portas".
Chegando em minha casa "Sir gibson" teve que pular o muro por que eu tinha esquecido a chave e chamar Luiz pra abrir o portão. Entramos. "Sir isak" pegou meu violão e começou a tocar musicas de "Legião de mau urbana" e "Rosa de saurum". Eu já estava alcoolizado demais pra reclamar com ele. "Sir gibson" começou a canta-las por que ele é "emo" um conhecedor de musicas pops.
Nisso bebemos conhaque e comemos pânetone que tinha sobrado do natal.
Eu gravei varias coisas por que parece que eu nasce com a "merda" de uma câmera na mão. Coisas como musicas, besteiras, profecias pra o ano que estava chegado, declarações de amor, declarações de ódio e fogos.
"Se você me conhecer eu tenho algumas fotos desse dia. É só me pedir pra ver que eu deixo"
Depois desse momento virada de ano. Em plena 12 horas ou 0 horas "sei lá" tentamos sair na rua para gravar os fogos de minha parte e ficar gritando igual dois travestis da parte deles.
Não achei a chave logo na primeira procura, pois estava tonto. "Sir isak "pulou o muro e caiu do outro lado. Seu primeiro presente do ano. Vários arranhões. "se fudeu todo"
Comemoramos, pulamos, gritamos, bebemos, gravamos fizemos uma bando de "merda" a noite toda.
Logo depois. Eles foram embora. O que me deixou muito feliz.
"Num lembro bem dessa parte" Fui pra dentro de casa, tranquei tudo, botei umas coisa pra baixar e fui dormi ''de tênis, calça, sinto e o diabo a quatro.
Acordei no outro dia fui direto para o banheiro e vomitei tudo, "vomitei a porra do banheiro todo"
Limpei tudo, tomei um banho arrumei meu quarto e tomei uns remédios pra dor de cabeça. E claro, apaguei aqueles videos que tinha feito.


Aprendemos que não devemos misturar conhaque com pânetone e musica pop. Aprendemos também a não responder um amigo seu quando ele vai na sua casa numa data comemorativa
e só passar datas legais com gente legal.
"aprendi particularmente que os amigos dos meus amigos quem não são meus amigos podem se tornas não amigos para meus amigos que não são mais amigos e eu devo procurar novos amigos que não tenham amigos que queiram ser meus amigos para me torna amigo."

"Amigos novos são legais, amigos velhos são filhos de uma profissional do sexo''

Hoje eu não tenho amigos. Tenho pessoas interessantes e não interessantes que cercam minha vida.
para minhas pessoas interessantes um beijo/abraço/aperto de mão. Para os não interessantes uma xingada na cara.

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