Tédio! cadê você?




Eu não acredito em tédio, mas acredito em momentos. Para alguns o tédio é algo ruim que destrói sua vida e toma sem dó nem piedade seus poucos e curtos momentos viventes nesse planeta.
Ainda me pergunto por que escrevo aqui, será o tédio?
Tédio sacana, acha que vai ser fácil me contaminar com seu ar de possuidor de almas (comigo não manganão). Eu sou meio que um especialistas em fugir do tédio, ele pode se achar o bonzão que vai pegar todo mundo, mas num vai não.....


....o.o


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nossa como esta chato escrever esse texto hoje........

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Hadouken!!! toma isso tédio fdp!


Agora que já matei o tédio que na verdade nunca existiu, vou escrever sobre o tema de hoje que é......éh....(coçando a cabeça)... (POha) vou falar sobre meu dia, que tal?

"Um dia sem tédio"
por Junior Nodachi


Ahh meu dia, meu incrível e fodão dia. Eu sempre começo meu dia com Nescal Serial, o serial radical (puta mentira essa).
Meu dia começa as 09:00 da manhã. Eu sei que é tarde, mas eu sou vagabundo e desempregado, acordo sempre cantando alguma coisa (num sei por que), tipo um, "hoje eu acordei para sorrir mostrar os dentes, hoje eu acordei para matar o presidente" ou qualquer outra (depende). Outro motivo para eu acordar nesse horário é que são agora 01:10 e eu estou aqui no comecinho do texto ainda, enquanto escrevo vou olhando alguns blogs legais que conheço (divulgando :P) http://poetisamediocre.blogspot.com/ (eu amo as poesias dessa guria)e tem também http://jonathanot.tumblr.com/ (já esse é doido igual eu, a diferença é que escreve bem melhor),(num sei quem vai ver isso), blogs famosões num tem vez aqui não.
Hoje eu joguei futebol (peguei o baba) estou com as pernas doendo.
Sim, continuando. Logo depois de acordar vou pro banheiro e tomo banho (gelado), escovo os dentes e outras coisas normais que tomo mundo faz (eu acho).
Tomo café assistindo a Tv globinho (que ficou ruim com o passar do tempo) "Oi garotada!!!", olho meu caderno pra ver se tem alguma coisa pra fazer, normalmente não tem, só faço mesmo se for importante, tipo o relatório de química.
A tv globinho acaba e lá vou eu pra outro banho frio. Agora visto minha armadura medieval/colegial e passo uma escova/pente no cabelo o que é um processo árduo, depois disso saiu num sol de 5447848642487984515484518ºC que faz aqui no nordeste.
Cheguei no colégio hoje até cedo (chego sempre atrasado), na sala não tinha ninguém. Um ar de velho oeste pairava sobre minha cabeça, eu olhava pela porta e não via nenhuma alma viva. Botei a mão no meu coldre e saquei minhas duas pistolas. A primeira era uma Magno 44 prateada com 8 balas e engatilhadas preparadas para matar, a outra era um Colte velho e enferrujado que foi passado como herança pela minha familia, mas sua garra e coragem não era medidas pela sua idade e sim pela sua experiência em tirar e salvar vidas.
Olhei de um lado para o outro naquele corredor sujo e inerte onde só se ouvia gritos e conversar sem compreensão, ajeitei meu chapéu dando um leve toque com meus dedos em sua extremidade frontal abaixando-lhe um pouco.
A poeira e o vento fazia meu sobre-tudo tremular como uma bandeira no dia da independência. Eu caminha, com um passo forte e lento, um atrás do outro, num ritmo perfeito. Eu buscava uma explicação, uma resposta para tal falta de pessoas num lugar normalmente cheio e empesteado de jovens em busca de conhecimento barato.
Avistei um rapaz ele parecia ser inteligente o suficiente para me dar a resposta que tanto precisa naquele momento. Aproximei dele sem estardalhaço, o sol batia em minha cara deixando meus olhos baixos e desprevenidos. Levantei meu chapéu num movimento rápido e majestoso. Nesse momento um raio de sol batia em minha Magno e se atirava em todas as direções, ele olhava fixamente para ela, ele a deseja e eu sentia isso. Olhei em seus olhos negros como a morte, ele tinha um leve sorriso. Fui direto, sem rodeios, naquele momento eu já o conhecia, ele era da minha sala, perguntei:

-Hey boy. Onde estão o povo da sala?

Ele tremia, acho que por causa da minha Magno que agora refletia os raios quentes e fortes do sol em seu rosto branco e pálido, gaguejando respondeu alguma coisa rápida e depois a repetiu de forma mais compreensível.

-Êh..eles estão ...no..no laboratório.

Sem perder tempo direcionei a Magno para o sua testa, bem entre seus olhos, que ele logo os fechou, ouvi ele murmurar algo, mas não me importei. Puxei o gatilho forte e rapidamente, como deve ser puxado, sem medo, sem duvida, sem pena, respeitando tanto a vitima quanto a arma.
Ouviu-se o barulho dos tiros ecoando pelos corredores, alguns correram para ver o acontecido. Todos olhavam para mim e para minha armar, todos com um olhar de raiva e medo, mas ninguém falava nada. E como poderiam falar? estamos em Sin city, não a verdadeira, mas uma que existe dentro de todas as outras de nome e cultura diferente.
Limpei minha armar no meu velho e surrado sobre-tudo, botei ela de volta no meu coldre. Eu estava triste, estava triste por ter gastado duas balas com aquele infeliz. Tirei a simetria de minha Magno só para acabar com uma vida que já estava morta desde seu nascimento? Como sou egoísta, sem humildade, quanto a tal situação. O sangue dele escorria pela parede cujo estava encostado. Nada além de sangue e massa cefálica espalhados por ela e pelo chão.
Uma voz feminina me surpreendeu. Logo pensei, quem será? Ela dizia de forma carinhosa e terna, depois de tudo que eu tinha feito ela parecia não ter medo.

-por que você matou ele? ele não respondeu sua pergunta?

Ela estava brava, era uma idealista num mundo perdido, uma guerreira aparentemente
humilde se botando em meu caminho, querendo interceder numa coisa que não teria mais volta. Ela me olha nos olhos, minha cara de mal para ela só parecia a cara de mais um garoto assustado. Eu a conhecia mais do ela pensava e ela me conhecia também. Ah se eu não fosse tão ligado aos meus ideais assim como ela, eu abandonaria tudo e me jogaria de cabeça em seu sorriso. Mas a verdade é que ela não esta sorrindo. O seu pequeno e quente coração seria premio demais para minha vida de crimes.
A grande verdade é que eu não sabia responde-la, meu coração estava ficando mole, quantas vezes vi essa mulher? uma? duas? não importa, eu teria que responder a sua pergunta. Mas responder de uma forma digna pra não ofende-la, não ofender o morto, não ofender as pessoas, não ofender a minha armar e não me ofender.
Pelo visto estou mais fraco, deve ser as poesias que ando lendo, sabia que não deveria entrar nesse mundo. Meu mundo é a Sin city que existe em todos os lugares, a Sin city que existe na cabeça das pessoas, esse sim é meu mundo.
Abaixei novamente meu chapéu, virei pra ela e falei.

- Eu o matei por que ele sabia demais.

Fui frio como deveria ser, enfrentando-a, olhando em seus lindos olhos castanhos. Ela fica linda em meus sonhos, ela é diferente, mau a conheço e já me sinto mau por não conhece-la mais. Mas minha vida já esta traçada, não a tempo para mudanças, não a tempo para novas escolhas, ela merece coisa melhor.
Continuei caminhando pelos corredores em direção a saida. Tive que correr até o laboratório, que fica longe que só o caralho.
No meio do caminho encontro Itabuna, que é um guri lá da sala. Ele levava uma sacola com umas garrafas que eram nosso trabalho de química, mais dele do que meu pra falar a verdade , eu só tinha feito o relatório, mas eu estava dodoi, então já foi uma grande coisa.
Lá o professor fez altas experiência com nosso produto. (Nós fizemos álcool vei!), tipo agente pegou um coisa doce e botou pra fermentar uns quatro dias e depois "bam!" tava la o álcool, que não era 100% puro, era só 96%, mas já era alguma coisa. Purificamos depois umas 100ml que se transformaram em 10ml. (era pouquinho eu sei) Mas tinha um cheiro bom, (deu até vontade de beber aquela poha)
Éh... já passa das 01:30 e eu aqui....e esta frio aqui ....vou deixar pra continuar amanhã.

(Um dia depois)

Pronto agora sim, uma tarde bonita e legal. Como esta passando Faustão resolvi terminar o texto de ontem.
O álcool que agente fez era feito de cacau, que é aquele negocio que faz chocolate. Depois da aula de química tivemos aula de Arailton, ele deu uma revisão pro teste que ia ter nas duas aulas seguintes, que seriam aplicadas pelo professor Marcelo de história (as aulas dele são do caralho).
Em poucos minutos a fama do álcool de cacau já tinha se alastrado pelo modulo II do colégio, todos falavam que o álcool de cacau era mais produtivo e tal. Mas o grande segredo era o próprio cacau colhido na fazendo dos avós do grande Itabuna.
Deu-se o intervalo e nada de tédio até agora. Alguns guris corriam pelo pátio, meninas se mostravam e causavam inveja umas nas outras e outros ficavam jogados pelos cantos sentados e conversando, tudo na maior agitação.
Conversei um pouco e lá estava eu de volta a sala para o teste. Entrei de forma simples como sempre faço, visualizei minha cadeira que tinha mudado de lugar desde aula de Arailton, sentei lá e esperei.
Quando a prova chegou em minha mãos, peguei a minha e logo passei a restante, Frabricio estava sentado na cadeira atrás de mim. Ele sabia tão pouco quanto eu, mas ele era repetente, de nada isso adiantaria naquele momento.
Escrevi meu nome na prova. Escrevi um parte, por que completo ele não caberia mais uma vez, (eles deveriam aumentar esses espaços pra botar os nomes). No instante que comecei a fazer a primeira questão senti uma coisa estranha, um sentimento, uma emoção me perturbava. Olhei para os lados e nada, todos parados com suas cabeças direcionadas a folha de papel branca.
Um pouco mais de observação depois de alguns minutos, reparei que eles estavam quietos demais, reparei que todos estavam imóveis, não se ouvia um único suspiro. Esfreguei meus olhos achando que algo estava acontecendo comigo, e estava mesmo. Levantei, andei de carteira em carteira, olhando as faces desordeiras dos meus colegas de salas, confesso que alguns nem me dei ao trabalho de olhar, pois não ligava para eles.
Cheguei perto do professor. Ele estava parado, imóvel, como se esteve-se concentrado em algo divino. Toquei nos seus óculos, me vi refletidos neles, eles estavam um pouco sujos e embaçados, tentei limpar com minhas mãos mas piorei a situação.
Derrepente escuto um voz. Eu não entendia no começo, olhei pra os lados procurando de onde estava vindo, quem será que estava acordado e falando? A voz dizia.
- Êi! Êi!
Quando dei por mim, estava eu sentado na cadeira diante da primeira questão da minha prova. Tudo não passará de uma pequeno sonho acordado, uma coisa que acontece normalmente comigo. A voz em questão era só meu colega da cadeira da frente me passando a lista de presença.
Fiz a prova. Fui pra casa pelo mesmo caminho de sempre, o mais longo, longo mas seguro, pois não sou a chapeuzinho vermelho com sua pressa e afobação. Parei em frente ao JJ e fiquei conversando por alguns minutos, fui ver com três colegas o estado da quadra do condômino que na manha seguinte sediaria um pequeno jogo amistoso entre os membros da minha sala. Estava escuro, tínhamos uma mulher entre nós, ela chegou a pouco em Feira, mas pelo visto era mais corajosa do que eu,(ela assisti filmes de terror). Um de nossos amigos foi embora, ficamos em três, no começo achei que estava atrapalhando o clima da conversa, pois ela parece gostar do meu colega. Ele não gosta dela isso é fato comprovado já, não por ela ser feia ou chata, ela é bastante bonita e legal, mas eu também não gosto muito dela, ela é só mais uma colega sem graça. Eu acho que eu sou muito seletivo com as pessoas, isso me isola as vezes, lembro de quando meu professor falava pra mim e soneca (vocês são uns excluídos da sociedade) claro que isso vinha acompanhado de muito xingamento.
Continuamos conversando até a chegada da mãe do meu colega, foi uma conversa meio diferente, o assunto não era dos mais respeitados.
Fomos embora, eu acompanhei ela até na rua dela, não por ser cavalheiro, seria desonesto se não explica-se o fato todo, e sim por ser caminho de minha casa, ela já é grandinha o suficiente para conseguir andar sozinha. Eu acho que mulheres são capazes de fazer qualquer coisa, por que trata-las e forma diferente?
Voltei pra casa, o caminho é sombrio e nefasto. Via brows no horizonte, mas eu estava sem dinheiro e também não ando com celular (Uma meu amigo espatifou com minha katana sem querer e outro meu irmão quebrou, e agora os restos deles ficam jogados dentro da minha gaveta sagrada).
Chego em casa e repito as mesmas coisas que fiz pela manhã, só que troco a tv globinho pelo batv, depois assisto algum filme ou leio um livro, até da a hora de ir ver meu orkut, msn, canal, blog, vlog, hi5, facebook, twitter, e outras coisas desnecessárias pra mim, mas necessaria pra vida em sociedade.
O msn é um bom condutor de expectativas, algumas vezes complica as coisas (quase sempre), converso só com pessoas que eu realmente gosto, depois assisto, toco ou escrevo alguma coisa, enquanto espero o tédio me consumir.
E ele não vem. Como nunca veio, por isso não acredito nele, não acredito em nada. Vou dormi logo após disso, vou pra cama e espero o sono, (nesse eu acredito), e ele vem sempre me fazendo descansar e ativando uma das coisas que mais gosto durante o dia , ou melhor durante a noite. O sonho, não existe nada melhor, nada mais revigorante do que sonhar sonhar com coisa ou pessoas que você gosta, fazendo acontecer coisas que normalmente não aconteceriam e esperando acordar pra ter outro dia a procura do tédio.

Aprendemos com esse texto......(não aprendemos nada com esse texto)
Ahh sim, aprendemos a fazer álcool...fora isso mais nada.
(eu provavelmente vou ler esse texto amanhã e achar horrível, mas esse sou eu, não sou perfeito (ainda), mas gosto de viver, por que não a vida no vazio, não a vida no tédio, só morte).

" O tédio levou um hadouken"
por Junior Nodachi

Comentários

  1. Adorei o blog (:

    Eu conheço, e acredito no tédio. Ele vem quase sempre, mas porque eu sou preguiçosa e não vou procurar alguma coisa legal ou útil pra fazer mesmo... haha

    beijo.

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  2. kkk engrragaço o blog, tenho alguns textos parecidos, mas em agendas , acho q vou criar um blog sobre =]
    Até mais

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