Rio 40 graus.... (parte 3)



Cap. 03: A ACTDTFP

“Trapa de elite osso duro de roer”
Por: Junior Nodachi

O comandante Barros, era veterano em botar traficante para fora de morros, sempre era chamado pra esses tipos de missões, e não pensava duas vezes. Entretanto, de uns meses pra Ca, seu filho tinha acabado de nascer, e suas esposa estava mais sensível e apreensiva.

O comandante estava cercado em um beco, seu comando havia sido emboscado, ele enfrentava cerca de 200 traficantes. Uma música lhe aterrorizava, nunca tinha ouvido antes tal sinfonia, e isso lhe parecia um sinal. Ele pensou em Marlete, e no seu filho Diogo, que tinha ficado dormindo quando ele saio, ele achava que talvez não poderia sair vivo daquela situação.

O Cabo ao seu lado tinha acabo de ser baleado, e estava sangrando muito. Ele tentava estacar o sangue, mas não obteve sucesso, sua mão tava completamente molhada de sangue, quando ele deu sua pistola para o reporte Carlos Lima, que estava ao seu lado.

- Pega essa poha e atira.
- Mas eu nunca atirei.
- Você também nunca morreu tudo tem sua primeira vez
- Meu Jesus.
- Atira poha!

No primeiro tiro, ele tremeu e começou a gritar os agentes da policia começaram a olhar pra ele,. O sargento Bismarque lacrimejava de risos, mas poderia demonstrar isso  na frete de seus superiores. Os tiros não paravam e a musica não se ouvia mais, o câmera man olhava para o repórter horrorizado pra a cena, nem conseguia gravar as imagens.

Barros gritava que o sangue não estava estancando, ele realmente não queria perder aquele membro de sua tropa. A raiva comia Barros por dentro, ele queria a cabeça do dono do morro em uma bandeja de alumínio, ele pedia reforço, mas nada acontecia.
Entre o fogo cruzado, e os estilhaços de tijolos, o câmera falou.

- Liga pro disque denúncia.
- Ligar pra que?
- Pro disque denuncia.
- Que pohha isso vai adiantar?
- Eles podem te orientar.

Pesando e atirando, Barros nem cogitava a Idea do pobre câmera medroso, mas ao mesmo tempo olhava para o repórter escandaloso, e pensava; eu vou morrer só me resta um milagre. Nisso ele pegou o celular do câmera e discou os números, logo foi atendido.

- Roseane Sousa, boa tarde.
- To no meio de um tiroteio e meu Cabo foi baleado, o que eu faço?
- o senhor não é meio grandinho pra passar trote
- trote uma porra, agente vai morrer
- senhor, o senhor pode me informar seu nome?
- essa merda não era anônima?
- senhor não se altere, só estou fazendo meu trabalho, e peço respeito.
- meu cabo ta morrendo!
- Senhor eu já tenho essas informação
- então ajuda porra!
- o senhor já identificou a causa morte
- tiro moça, tiro!
- então não seria melhor, o senhor ligar para a samu?
- sua ¨%$#%@%$#%$¨&%¨&
- senhor, não fale assim por favor
- tem uns 200 traficantes me atirando aqui!
- senhor vou lhe transferir para o setor de traficantes atirando, um minuto, sua ligação é muito importante para nós.

Enquanto isso, o repórter carregava de forma descoordenada a pistola de Barros, ele já não gritava tanto, só dava alguns soluços e tremia, ele voltou a olhar para o cabo Isaias, que estava no chão, o resto dos agentes atirava, o carro que lês estavam na frente já estava completamente destruído, mas alguns minutos e eles iriam partir dessas para uma pior.

- alo senhor, aqui é do setor de traficantes atirando, qual é seu problema?
- puta merda!
- tão me atirando, e minha proteção ta acabando, o que eu faço?
- senhor, eu sou a Julia, vou lhe orientar.
- positivo
- levante e imponha sua arma senhor
-positivo
- agora, atire senhor.
- mas que merda é essa?
- senhor, atenção, fatiou passou, fatiou passou, fatiou passou, chegou cobertura o senhor avança, fatiou passou, fatiou passou,pode ta quebrando o pau, o senhor vai fazer tudo na calma, na estratégia, fatiou passou, fatiou passou.

- Chegou à cobertura chegou o reforço ta aqui!
 - Agora fatiou passou, fatiou passou.
 - Veio o tank, ta quebrando tudo.
- isso senhor.
- e agora o que eu faço?
- senta o sarrafo neles senhor.
- positivo

Os tiros não paravam, mas à medida que os tanks avançavam os traficantes recuava, Barros estava desesperado e ao mesmo tempo aliviado pela situação, parecia q o dono do morro tinha sido baleado. Nesse momento ele olhou para o repórter que exibia um sorriso de orelha a orelha, daí “200 traficantes foram passear, além das montanhas para brincar, O BOPE falou, pá pá pá pá... e nenhum traficante voltou de lá “.


Comentários