O desejo da desejada
‘’Desejo’’
Por: Junior Nodachi
Por: Junior Nodachi
Será que era só desejo? O que era essa inocência que ela
relatava nos seus cadernos? Ela queria caminhar mais um pouco, caminhava pra
afastar o desejo. Mas que desejo? É de sexo que estamos falando? Talvez. Ela
via como algo mais, sexo por sexo ela já tinha feito, não havia motivo pra tal
reflexão em uma caminha noturna.
Ela queria a confiança dele tocando ela, ela queria ser usada, ser manuseada como um objeto. Sem romantismo, sem passageiros sentimentos que se desfazem na manhã seguinte. Ela já era tratada como uma mulher, mesmo não agindo como uma. Ela já era tratada como uma mulher, mas queria mais, queria ser uma puta. Sim, uma puta. Queria ser usada e largada em algum beco daquela rua escura. E agora se perguntava se era só desejo. E se era só desejo, se perguntava, por que não se entregava a esse desejo? Ela estava confusa queria e não queria ser usada. A caminhada acabava e ela voltava. Voltava pra casa, voltava pro quarto do bordel que ela estava presa. Para ser usada e largada, como o guardanapo que ela usava pra se limpar. Será que era só desejo?
Ela queria a confiança dele tocando ela, ela queria ser usada, ser manuseada como um objeto. Sem romantismo, sem passageiros sentimentos que se desfazem na manhã seguinte. Ela já era tratada como uma mulher, mesmo não agindo como uma. Ela já era tratada como uma mulher, mas queria mais, queria ser uma puta. Sim, uma puta. Queria ser usada e largada em algum beco daquela rua escura. E agora se perguntava se era só desejo. E se era só desejo, se perguntava, por que não se entregava a esse desejo? Ela estava confusa queria e não queria ser usada. A caminhada acabava e ela voltava. Voltava pra casa, voltava pro quarto do bordel que ela estava presa. Para ser usada e largada, como o guardanapo que ela usava pra se limpar. Será que era só desejo?
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